Preconceito/ Pessoas com deficiência

A partir deste mês daremos início a uma série de reflexões acerca de preconceitos que são comuns em nossa sociedade.
Vejamos primeiramente o que diz o “Aurélio” a respeito da palavra preconceito: “1. Idéia preconcebida. 2. Suspeita, intolerância, aversão a outras raças, credos, religiões, etc.”. Entendemos, portanto, que às vezes fazemos um conceito antecipado perante pessoas e/ou situações que em sua maioria nem conhecemos. Com quê direito não tolerar alguém por causa apenas de sua cor? Isso diria ou representaria mais que sua personalidade? E uma deficiência física, por exemplo, diminuiria o valor de uma pessoa?
O ser humano muitas vezes torna-se mesquinho em seus conceitos, valores e escolhas porque não procura ver o interior, mas a matéria, aquilo que é menos importante. Saint-Exupéry já dizia que “o essencial é invisível aos olhos”.
Em ocasião do dia 21 de setembro, dedicado às pessoas com deficiência, vamos fazer uma reflexão acerca deste preconceito tão visível entre nós.
Sabemos que muitos podem até não admitir, mas o preconceito que existe diante das pessoas portadoras de necessidades especiais é evidente, desde a não aceitação em trabalhos destinados a pessoas “normais”, até o desprezo que lhes damos considerando-os coitados ou incapazes.
Uma grande demonstração de sua capacidade vimos nos Jogos Parapanamericanos, realizados em agosto no Rio de Janeiro, onde atletas deficientes mostraram toda sua força, garra, determinação e superação de seus limites. Talvez até maiores que os nossos!
Que belos exemplos essas pessoas nos dão, e nos fazem lembrar de Jesus Cristo que demonstrou todo seu amor curando muitos deficientes da sua época, como a mulher encurvada (Lc 13,10-17), o paralítico (Lc 5,17-26), o homem de mão seca (Lc 6,6-8), enfim. Com estas atitudes, Cristo nos convida a olharmos para todos simplesmente como seres humanos e irmãos nossos, independente de sua condição física. Pensemos nisto!

Eva Oliveira
evajcm@hotmail.com